Matracão, Paca e Tatu . Cutia, ainda não...

Já faz algum tempo que observo a fauna da Reserva com uma armadilha fotográfica. Um aparelho que fica na mata durante até 30 dias e fotografa tudo que passa pela sua frente.
Sinto que o uso deste equipamento me fez ver a floresta com outros olhos. A Mata Atlântica é sutil, se revela aos poucos ou só se apresenta para quem aprende a olhá-la de um modo diferente...
As aves , na maioria das vezes ,são identificadas pelos seus cantos no meio da mata e algumas dificilmente são vistas pelo observador , apesar disto já fotografei 116 espécies diferentes na área , com máquina fotográfica normal ,ou seja , vendo os animais. Os mamíferos , mais ariscos e na sua maioria de hábitos noturnos ,são dificeis de se ver , ainda mais nestes tempos em que os animais aprenderam a ter medo do homem e estão com suas populações drasticamente reduzidas pela caça e redução de seu habitat natural .
Venho fazendo este levantamento fotográfico noturno na mata à 1 ano e já fotografei vários mamíferos, como a Jaguatirica, Gato-do-mato-pequeno, Quati ,Gambá-de-orelha-preta e para minha surpresa até algumas aves , como o Inhamubu-guaçu , Saracura-do mato, Matracão e até um manso Sabiá-laranjeira , fácilmente visto em qualquer lugar , quis ser alvo do equipamento instalado no meio do mato.
Recebo as fotos como um prêmio ,por todo esforço que estamos tendo na criação da Reserva e quando vou abrir o equipamento para ver as fotos sempre falo:
-Vamos ver que presente recebemos de Deus dessa vez...

Os últimos foram estes dois animais das fotos. Um Matracão-Batara cinerea- fêmea ( primeira foto no site www.aves.brasil.nom ) e um Tatu-galinha .